Ao longe toques contínuos e o abrir dos olhos para o despertar do dia. Rios correntes caminham por entre a mente.
Um caminho longo se estende pelos pés e o cansaço de ombros pesados. Com o abrir dos portões a rotina recomeça. Andar, beber, andar, cumprimentar, andar, beber, andar, sentar.
Milhares de palavras se vão e ai o acordar da mente. Os olhos se estendem pelo tédio continuo. Fotografias mentais. Em um quadrado ocupado por corpos ativos, algumas aberturas por onde a luz reflete o dia. E outro toque passa pelo ar. Voltamos a tarefa de antes: Andar. Ande, ande, ande.
Os corpos se abarrotam em um corredor exprimido pelo seu próprio calor. Aí que alivio! Então e agora? Ficamos em um tédio maior. Novas fotografias de gestos, sorrisos, palavras. O quadrado agora, que é aberto, se torna uma parte boa da prisão que se é submetida. Trancados e vigiados, sem opção.
Novo toque de recolher e voltamos para o abafado quadrado. Agora o tédio se torna uma depressão constante.
Os sons alerta os ouvidos. Cada detalhe registrado, até mesmo de uma folha sendo rasgada. E o interromper desse momento pelo toque final.
Acaba-se aqui o dia que se recomeça amanhã.
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