sábado, 20 de fevereiro de 2010
A ovelha
É duro ver a realidade do Mundo e saber que se tem tanto, mas que no fundo se sente tão só que nada faz sentido e nada tem.
O irreal se torna aliado do seu dia como parte fundamental. O isolamento do real é inegável.
Vejo por entre os olhos dos demais, coisas que não faz parte do que sou. Sou como dizem a ovelha negra desviada do bando.
Um corpo de idade desigual. Sou o velhinho sentado no banco da praça que segura sua bengala e olha pelo tempo sem conseguir entender as razões.
Por vezes rola um pensamento dentro de mim, que talvez a loucura tome conta da mente que aqui abita e vejo atitudes de comportamento que nem sequer chegam perto do meu eu verdadeiro.
Expressões
Um caminho longo se estende pelos pés e o cansaço de ombros pesados. Com o abrir dos portões a rotina recomeça. Andar, beber, andar, cumprimentar, andar, beber, andar, sentar.
Milhares de palavras se vão e ai o acordar da mente. Os olhos se estendem pelo tédio continuo. Fotografias mentais. Em um quadrado ocupado por corpos ativos, algumas aberturas por onde a luz reflete o dia. E outro toque passa pelo ar. Voltamos a tarefa de antes: Andar. Ande, ande, ande.
Os corpos se abarrotam em um corredor exprimido pelo seu próprio calor. Aí que alivio! Então e agora? Ficamos em um tédio maior. Novas fotografias de gestos, sorrisos, palavras. O quadrado agora, que é aberto, se torna uma parte boa da prisão que se é submetida. Trancados e vigiados, sem opção.
Novo toque de recolher e voltamos para o abafado quadrado. Agora o tédio se torna uma depressão constante.
Os sons alerta os ouvidos. Cada detalhe registrado, até mesmo de uma folha sendo rasgada. E o interromper desse momento pelo toque final.
Acaba-se aqui o dia que se recomeça amanhã.
Meu anjo
Mas nesse meio vejo coisas e pessoas maravilhosas, sentimentos que nascem naturalmente e encanta meu coração.
Assim mesmo um anjo tocou a minha alma sobre o rio que corre entre nossas mãos.
É saber sem ver e ao mesmo tempo entender sem tocar. Amizade grandiosa sem tamanho que cresceu com um início talvez não tão feliz.
É assim para mim um anjo que veio de uma estrela para brilhar e encantar todos deste mundo.
Seu sorriso reflete seu talento grandioso e se você me perguntar se sinto feliz por conhecer alguém que é assim sem palavras, eu diria que não, pois me sinto mais do que feliz. Sou o milionário do milênio.
Para: Nágila Paz (amiga que perdi por erros passados)
De: Fhernanda Thays
19 de fevereiro de 2010, 20h45min
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Os "Caras Pintadas" atuais
As negações são partes de um caráter que construímos desde pequenos e que buscamos no ser daqueles que nos rodeia, sendo assim nossos exemplos maiores, uma luz para o futuro. Embora sejamos humanos e erramos, é errado ser humano, pois ser apenas humano não é a capacidade total do ser como pessoa.
A “pessoa” que somos na verdade é um cidadão desvirtuado das suas funções básicas e históricas. É de total estupidez ver que apenas é cidadão aquele que contribui monetariamente com o país e que desempenha papel como civil. E nossos índios onde ficam nessa história? Eles são tudo aquilo que temos e o resto de nossa cultura verdadeira, não essa cultura que é banal na qual criamos um culto em cima dela. Por que não ensinar linguagens brasileiras de verdade? E a cultura africana que pouco é cultivado no nosso “pobre” país? Não entendo os motivos para serem lembrados apenas em determinadas datas comemorativas, carnaval e quando alguém quer ganhar “fama” por alguma causa.
Todo ser é político e corrupto ao mesmo tempo. É tão fácil fazer promessas, mas também é tão difícil ver as necessidades de uma nação. E ao mesmo tempo é inegável notar que também é complicado ser alguém no poder público e ter a responsabilidade de tampar os buracos passados e ao mesmo tempo não ter tempo para fazer suas iniciativas.
Essa nação que se diz cidadã é mais um critério de negação constante. Vendemos nossas terras, idéias e prazeres por um verde estrangeiro. Somos o troféu do monopólio. Achar que temos liberdade total é uma verdade vendida, mas que não é conquistada na realidade.
E a juventude é que se mostra nessa hora, apenas se materializa em frente de uma caixa brilhante, seja de que categoria for, vivendo o que ali está e permanecendo em um cotidiano criado por outros que monopolizam as suas vidas.
Não adianta ter um papel que diz ser algo. Você tem que ser algo.
Brasileiros de verdade têm muitos pelo mundo que nunca estiveram aqui e que muito menos tem sua naturalidade como brasileira. Ser um cidadão é estender a mão sem olhar a quem e sem propósito de receber algo de alguém. Ser um cidadão é ter amor a sua pátria, a sua bandeira, ao seu solo, aos hinos, a sua história cultural e saber sobre tudo de suas riquezas, ser um conquistador de si mesmo dentro do contexto de civilização.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Desejo de um sonho.
Vejo me em teus braços a correr perigo e à enfrentar dragões e leões, para viver um amor proibido.
Dizes em meu ouvido palavras que leva me fora desta realidade mortal.
Somos fuigitivas de um mundo reto e conforme. Somos amantes de nós mesmas, que buscão a felicidade na insanidade.
Vivemos sobre o nosso mundo quase encantado, mas que com tua presença se torna o paraiso dos Deuses.
Em teus olhos encontro a fonte da juventude e a encarnação eterna de um ser jovial e heroi.
Não nego o medo, mas se não for assim não saberei o real prazer de viver.